Em
março de 1989, Sérgio Reoli, ao trabalhar na Olivetti, conhece Maurício Hinoto,
irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o
irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar
uma banda. Na época, Samuel Reoli, irmão de Sérgio, não era "ligado"
na música, preferia desenhar aviões. Mas, de repente, se envolveu com a música
e começou a tocar baixo. Sérgio, Samuel e Bento, então, formaram uma banda de
rock chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião Urbana,
Titãs e Rush. Em um show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N'
Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Dinho
voluntariou-se para cantar, em meio a vaias e com sua performance escrachada
fez o público rir, sendo aceito no grupo. Júlio Rasec, por intermédio do
vocalista Dinho, foi o último a entrar em Utopia.
O
Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que
vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que
as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que
os covers e as músicas sérias. Começaram introduzindo algumas parodias
musicais, com receio da aceitação do público.
Através
de um show em uma boate em Guarulhos, conheceram o produtor Rick Bonadio.
Decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, "Mamonas
Assassinas do Espaço", criado por Samuel Reoli e reduzido para
"Mamonas Assassinas".
Mandaram
uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos", "Robocop
Gay" e "Jumento Celestino" para 3 gravadoras, entre elas a Sony
Music e a EMI. Rafael Ramos, amigo da banda, baterista da banda Baba Cósmica e
filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na
contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995,
João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.
Após
gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek),
os Mamonas saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares
Onze e Meia, Domingão do Faustão, Xuxa Park, Domingo Legal e tocando cerca de 8
vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e
ocasionais dois shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros
do país, R$50 à 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em
certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias.
Os
Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal
preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um
show em Brasília, o jatinho Learjet em qe viajavam, prefixo LR-25D - PT-LSD,
chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo,
matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março, fora
acompanhado por mais de 65 mil fãs.
Fora
anunciado um filme da história da banda, baseado em Blá, Blá, Blá - A Biografia
Autorizada dos Mamonas Assassinas de Eduardo Bueno, e a ser dirigido por
Maurício Eça. A responsável pelo filme será a Tatu Filmes, em parceira com a
Rede Record. Existiram riscos de o filme não ser produzido, devido ao possível
fim do contrato entre a Tatu Filmes e a Record, haja visto que a produtora não
conseguia concluir o filme devido a problemas de documentação envolvendo as
gravadoras e os familiares dos integrantes do grupo. O problema foi resolvido e
a Tatu Filmes já se prepara para o lançamento do filme.
Acidente
A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1 de Março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, aonde chegou às 15:45. No dia 2 de Março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07:10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 07:36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11:02, apresentou um plano de vôo para Brasília, estimando a decolagem para as 15:00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16:41. O pouso em Brasília ocorreu às 17:52.
A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1 de Março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, aonde chegou às 15:45. No dia 2 de Março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07:10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 07:36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11:02, apresentou um plano de vôo para Brasília, estimando a decolagem para as 15:00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16:41. O pouso em Brasília ocorreu às 17:52.
A
decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21:58. O vôo, no
nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a
aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber
vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da
pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de
deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar
novas proas para possibilitar a interceptação do localizador (final do
procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora
dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação
final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a
esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando
arremeteu.
A
arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que
estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna
do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do
vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte".
Na
perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após
algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao
contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos
em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas
condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou
"perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do
vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento.
No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23:16, o PT-LSD chocou-se
com obstáculos a 3.300 pés, no ponto de coordenadas 23º25'S 046º35'W. Em
conseqüência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes
faleceram no local.
Membros
Dinho (Alecsander Alves) - vocal
Bento Hinoto (Alberto Hinoto) - guitarra, violão e vocal de apoio
Júlio Rasec (Júlio César) - teclados e vocal de apoio
Samuel Reoli (Samuel Reis de Oliveira) - baixo e vocal de apoio
Sérgio Reoli (Sérgio Reis de Oliveira) - bateria
Dinho (Alecsander Alves) - vocal
Bento Hinoto (Alberto Hinoto) - guitarra, violão e vocal de apoio
Júlio Rasec (Júlio César) - teclados e vocal de apoio
Samuel Reoli (Samuel Reis de Oliveira) - baixo e vocal de apoio
Sérgio Reoli (Sérgio Reis de Oliveira) - bateria
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